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Transtorno bipolar

Transtorno bipolar
Imagem meramente ilustrativa (Banco de imagens: Shutterstock)

Saiba o que é essa doença, seus vários tipos, sintomas e como pode ser tratada

O transtorno bipolar é um distúrbio psiquiátrico que tem como principal característica a alternância entre episódios de depressão ou de euforia, que pode se apresentar como mania ou hipomania ou de períodos entre eles em que a pessoa não apresenta nenhum sintoma. Esses períodos são chamados de períodos intercrises. As crises podem variar de intensidade (leve, moderada e grave), frequência e duração.

Em geral, o transtorno bipolar se manifesta tanto nos homens quanto nas mulheres, sendo mais comum na faixa etária que vai dos 15 aos 25 anos, mas pode afetar também as crianças e pessoas mais velhas.

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Quais os tipos de transtorno bipolar

O transtorno bipolar se divide em quatro tipos. São eles:

  • Transtorno bipolar tipo I: a pessoa apresenta períodos de mania, que duram, no mínimo, sete dias, e fases de humor deprimido, que se estendem de duas semanas a vários meses. Tanto na mania quanto na depressão, os sintomas são intensos e provocam profundas mudanças comportamentais e de conduta que podem impactar a qualidade de vida da pessoa em todos os aspectos: relações familiares, afetivas e sociais, desempenho profissional e até mesmo a sua segurança e a de quem convive com ela;
  • Transtorno bipolar tipo II: há uma alternância entre os episódios de depressão e os de hipomania (estado mais leve de euforia, excitação, otimismo).
  • Transtorno bipolar não especificado ou misto: embora os sintomas possam indicar um quadro de transtorno bipolar, eles não são suficientes para classificar a doença em um dos dois tipos anteriores;
  • Transtorno ciclotímico: é o quadro mais leve do transtorno bipolar, marcado por oscilações crônicas do humor (sintomas de hipomania e depressão leve), que podem ocorrer até no mesmo dia.

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Causas

A causa exata do transtorno bipolar é desconhecida. Porém, alguns estudos apontam fatores de risco que podem estar envolvidos na doença.

Histórico familiar

Alguns estudos sugerem que pode haver um componente genético no transtorno bipolar, ou seja, que é mais provável que uma pessoa desenvolva o distúrbio caso ela tenha alguém na família que também apresente a doença. Estima-se que o risco da doença acometer pessoas com algum histórico do transtorno na família é 10 vezes maior.

Fatores ambientais

Estresse mental, uma perda significativa, uso de drogas, consumo abusivo de álcool e drogas ou algum outro evento traumático, assim como a ocorrência de maus tratos, negligência por parte dos pais, abuso sexual e até uma vida desorganizada na infância, podem contribuir para agravar o quadro ou desencadear o transtorno bipolar.

Desequilíbrio entre os neurotransmissores

Os desequilíbrios entre os neurotransmissores (substâncias que as células nervosas usam para se comunicar), como noradrenalina e serotonina, parecem desempenhar um papel fundamental em muitos transtornos do humor, incluindo o transtorno bipolar.

Desequilíbrio hormonal

Alterações hormonais, como as que ocorrem no ciclo menstrual, na gestação, no pós-parto e na menopausa, podem desencadear o distúrbio.

Sintomas do transtorno bipolar

Os sintomas de transtorno bipolar dependem do tipo exato da doença e costumam variar de pessoa para pessoa.

Nos quadros de depressão, a pessoa pode apresentar:

  • Humor deprimido;
  • Tristeza profunda;
  • Apatia;
  • Desinteresse pelas atividades que antes davam prazer;
  • Isolamento social;
  • Alterações do sono e do apetite;
  • Redução da libido;
  • Dificuldade para se concentrar;
  • Cansaço;
  • Sentimento de culpa;
  • Ideação suicida.

Nos episódios de mania, são comuns:

  • Euforia exuberante (a pessoa fica com autoestima e autoconfiança elevadas);
  • Pouca necessidade de sono;
  • Agitação psicomotora;
  • Compulsão para falar;
  • Aumento da libido;
  • Irritabilidade;
  • Impaciência;
  • Comportamento agressivo.

Muitos pacientes, quando estão vivenciando a fase de mania, podem tomar atitudes impulsivas que afetarão a si próprios de maneira negativa, como gastos financeiros descontrolados, pedir demissão do emprego e aumento do ritmo da atividade sexual. Na fase de mania o paciente também pode apresentar um quadro de psicose, com delírios e alucinações.

Já na hipomania, os sintomas se assemelham aos da fase de mania, só que são mais leves e impactam menos a vida do paciente. Em geral, a crise é breve, dura apenas poucos dias e não há sintomas psicóticos.

Diagnóstico do transtorno bipolar

O diagnóstico do transtorno bipolar é primordialmente clínico, baseado no histórico de vida do paciente e nos sintomas relatados por ele ou por um amigo ou familiar. Não existem exames que identifiquem que uma pessoa tenha transtorno bipolar.

Por esse motivo, muitas vezes demoram-se anos até que a doença seja diagnosticada, porque muitas vezes os sintomas apresentados pelo paciente podem ser confundidos com os de doenças como esquizofrenia, depressão maior, síndrome do pânico, distúrbios da ansiedade, entre outros.

Tratamentos do transtorno bipolar

O transtorno bipolar não tem cura, mas pode e deve ser tratado para que a qualidade de vida do indivíduo seja mantida. Em geral, o controle dos sintomas é feito com:

  • Psicoterapia: oferece ao paciente o suporte emocional adequado para que ele supere as dificuldades impostas pelo transtorno bipolar, além de ajudar a prevenir as crises e promover a adesão ao tratamento medicamentoso, que deve ser mantido por toda a vida;
  • Medicamentos estabilizadores de humor, antipsicóticos e anticonvulsivantes;
  • Mudanças no estilo de vida, com alimentação mais saudável, prática de atividades físicas, horas de sono adequadas e baixo consumo de bebidas alcoólicas.
  • Psicoeducação: o entendimento da doença pelo paciente e a sua família ajuda na percepção da doença e seu tratamento precoce e evita comportamentos de risco.

O tratamento do transtorno bipolar necessariamente deve ser conduzido por um psiquiatra, pois há necessidade do uso de medicamentos, associados à psicoterapia, para controle dos sintomas. Esses medicamentos devem ser utilizados durante toda a vida, mesmo nos períodos em que a pessoa se apresenta assintomática.

O apoio de um psiquiatra é fundamental para que a pessoa receba o tratamento correto e tenha restabelecida sua estabilidade emocional, reduzindo os impactos que o transtorno bipolar causa tanto no paciente quanto naqueles que convivem com ele.

A Dra. Yumara Siqueira possui título de Especialista em Psiquiatria pela Associação Brasileira de Psiquiatria e pela Associação Médica de Minas Gerais e é pós-graduada em Psiquiatria pela Universidade Gama Filho, do Rio de Janeiro.

Ela atua como psiquiatra e psicanalista, com foco no tratamento dos transtornos mentais, e atende por meio de consultas presenciais e por telemedicina.

Entre em contato com a Dra. Yumara Siqueira e agende uma consulta para saber tudo sobre esse e demais assuntos.

Fontes:

Mayo Clinic

Ministério da Saúde

Manual MSD

PSIQUIATRIA E PSICANÁLISE


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